Roubo a banco interestadual
Se existisse uma premiação para Maior Roubo Telefônico a
Banco de Todos os Tempos, o vencedor seria o ainda desconhecido criminoso que
roubou US$58 mil de quatro bancos em quatro estados diferentes na década de 70,
usando nada menos do que uma série de ligações telefônicas.
Como ele fez isso:
Em cada um dos casos, o criminoso agiu seguindo uma mesma
metodologia. Telefonava para os bancos locais, fingindo ser um assessor do
tesoureiro do Estado. Pedia então que centenas de dólares em dinheiro fossem enviados
ao escritório do tesoureiro para fins de “folha de pagamento”. Mencionando os
termos genéricos “folha de pagamento” e “tesouraria”, o ladrão conseguiu que
bancos enviassem enormes quantidades de dinheiro em caminhões blindados,
combinando inclusive uma tropa para escoltar o dinheiro.
Tudo isso sozinho e inteiramente por telefone. Com o
dinheiro a caminho, o ladrão telefonava imediatamente para o escritório do
tesoureiro, dessa vez se passando por um oficial do banco que havia cometido um
erro. Pedia para que a quantia fosse redirecionada para um escritório de Estado
diferente. Dessa forma, ele conseguiu colocar a mão em nada menos que US$58 mil
(equivalentes a US$300 mil ajustando para o dólar atual). Ao seguir o mesmo
procedimento no estado de Indianapolis, no entanto, desconfiou de uma armadilha
e não apareceu para receber o dinheiro. O ladrão fugiu e nunca chegou a ser
identificado.
Chamando a SWAT
Muito antes das pessoas começarem a hackear computadores,
elas já faziam isso com linhas telefônicas para conseguir, principalmente,
ligar de graça. Em 2005, o garoto de 15 anos, Matthew “Lil Hacker” Weigman foi
considerado pela comunidade de hackers de telefone um dos melhores de sua
geração ao enviar a SWAT para a casa do pai severo de sua namorada.
Como ele fez isso:
De alguma forma, Lil Hacker, ao ligar para a emergência,
conseguiu que seu número não fosse identificado. Nada foi revelado a respeito
da técnica, em compensação, você pode ouvir a gravação onde Lil convence o
operador que ele estava armado e mantendo a família da namorada como refém.
Comicamente a polícia invadiu a casa e prendeu o pai da namorada de Lil,
achando que ele era o criminoso. Mais tarde, a confusão foi desfeita e Lil
Hacker foi pego e encaminhado a um acompanhamento psicológico.
Demolição de Hotel
Conhecidos na história dos trotes telefônicos, os membros da
comunidade virtual de trotes Pranknet, conseguiram que uma vítima destruísse uma parede do hotel em que estava hospedada.
Como eles fizeram:
A ‘brincadeira’ consistia em ligar para quartos de hotel
aleatórios, fingindo ser um funcionário tentando conter uma situação de
emergência, como um vazamento de gás letal ou uma investação de aranhas
venenosas.
Os pranknetters convenciam as vítimas a remediar a situação
com uma série de tarefas ridículas, como abrir as janelas, acionar os
extintores de incêndio, quebrar o espelho do banheiro com a tampa do
reservatório da privada ou, em um caso especial, persuadir um homem confuso a
usar seu carro para destruir a parede do hotel e salvar um suposto anão preso.
Em 2009, o líder da Pranknet for rastreado e preso, revelando ser Tariq Malik,
jovem de 25 anos, que vivia com sua mãe em Ontario.
Fraude Épica
Em dez anos, Elliott Keith Offen conseguiu US$30 milhões
fraudando lojas de departamento.
Como ele fez isso:
Não espere nada além de uma boa lábia. Offen enganou lojas
de departamento para que acreditassem que ele era um honesto homem de negócios
ligando para efetuar o pagamento de um pedido (que sequer havia feito). Assim
que a loja respondia que não havia registrado o pedido, Offen se oferecia para
pagar adiantado de qualquer forma, ‘confiando’ na empresa e acreditando que o pedido
chegaria eventualmente.
As lojas se recusavam a aceitar e em sua maioria ficavam
surpresas com o ‘caráter’ de Offen. Resultado: Ele conseguiu centenas de
sapatos, livros, lâmpadas e roupas, vendendo tudo e faturando um total de US$30
milhões. O espertinho foi preso ao tentar fraudar a General Eletric comprando
lâmpadas que totalizavam US$100 mil.
Escapando da Prisão
Carlton Rich não usou nenhuma picareta para escapar de uma
prisão no New Mexico. Na verdade só precisou de duas coisas: Uma ligação e uma
namorada com acesso a uma máquina de fax.
Como ele fez isso:
Carlton Rich usou a única ligação que havia direito para ligar
para a namorada e pedir que ela ligasse para a cadeia onde ele estava, deixando
o namorado na mesma linha. Rich se passou por um oficial de New Mexico e
garantiu a si mesmo a liberdade.
De uma copiadora nos arredores da prisão, sua namorada
enviou um fax para o escritório principal da cadeia confirmando que Rich
deveria mesmo ser libertado. Deu certo. Livre, Rich foi para a casa da namorada
na mesma cidade. E foi exatamente lá que foi encontrado pela polícia, três dias
depois, dormindo tranquilamente.