Velho Lobo Zagallo recebeu a reportagem do LNET! em sua casa
(Foto: Gilvan de Souza)
Depois do “empenho” no clássico entre Botafogo e Vasco, no último domingo, quando deu o pontapé inicial, Zagallo carregava no íntimo que algo de bom estava reservado para o Alvinegro.
Aos 80 anos de idade, o Velho Lobo comemora aniversário, nesta terça-feira, ainda extasiado pelas homenagens recebidas e, principalmente, por conta da goleada aplicada pelo time com o qual tem grande identificação.
Zagallo vai ganhar do Botafogo uma estátua de corpo inteiro no Engenhão, nos mesmos moldes de outros ídolos, como Garrincha, Jairzinho e Nilton Santos. Uma justa homenagem para quem teve no Glorioso seus melhores anos de vida como jogador e treinador. Foi a partir de General Severiano que ele chegaria à Seleção Brasileira para conquistar o mundo, tanto dentro quanto à beira do campo.
- Por onde eu passei, fiz os meus compromissos, ganhando títulos. A minha história é vitoriosa - declarou Zagallo, com um sorriso largo.
O discurso otimista e a superstição sempre foram as maiores marcas dele. E o clássico de domingo apenas ilustrou a fama do Velho Lobo.
- Se o Botafogo perde, iam me chamar de pé-frio. Foi o meu 13 e o 13 do Loco Abreu. Dei um bom “passe” para ele, que acabou fazendo dois gols - disse Zagallo na última segunda-feira, um dia após a goleada em que El Loco brilhou.
Zagallo recebeu em casa a reportagem do LANCENET!, que também prestou uma homenagem pelos 80 anos. Um quadro foi moldado em forma de reverenciar o profissional pelos serviços prestados ao futebol.
Além disso, um bolo foi especialmente confeccionado com a famosa frase "vocês vão ter que me engolir”, em alusão ao desabafo do Velho Lobo após a conquista da Copa América de 1997, na Bolívia.
Zagallo e o bolo com seu famoso jargão
(Foto: Gilvan de Souza)
BATE-BOLA COM ZAGALLO
Como você se sente ao comemorar 80 anos de idade?
É difícil chegar aos 80, mas eu cheguei. Tenho força, energia e muita alegria de viver.
Mais uma vez, você confirmou a fama de pé-quente depois da goleada sobre o Vasco. Além disso, o clube prometeu uma homenagem com uma estátua...
Fui em um bom momento que fui convidado para o jogo. Eu tenho busto em Maceió, Caxias (RJ) e Maracanã. Agora terei uma estátua de corpo inteiro. Fiquei muito satisfeito, claro. Só peço que me homenageiem em vida.
Você ainda acompanha a Seleção Brasileira de perto?
Sim, claro. A vida de um treinador é difícil. O Mano Menezes está passando por um momento de transição. Temos garotos como o Neymar e o Ganso que ainda estão começando na vida. Não adianta querer comparar com outras situações. O importante é apoiar.
A superstição sempre faz parte da sua vida? Quando você passou a adotar o futebol?
Para mim, o 13 é sinal de fé e vem da minha mulher, que é devota de Santo Antônio, no dia 13 de junho. Tenho que agradecer ao Santo Antônio e à imprensa, que me embalaram no 13 e isso não deixa de ser sorte. Antes do jogo, por exemplo, apenas desejei felicidades ao Loco Abreu. Foi algo simples e ele acabou sendo decisivo de novo.
UMA VIDA INTEIRA DEDICADA AO FUTEBOL
Primeiro título - Apesar de ter no Botafogo sua maior referência, Zagallo começou a construir a carreira no rival Flamengo pelo qual conquistou seu primeiro título como profissional: Torneio Início de 1951.
Chegada ao Glorioso - Em 58, Zagallo chegou ao clube que lhe daria ainda mais projeção. A Seleção entraria definitivamente em sua vida.
'Formiguinha' campeã - Aplicado táticamente, ele ganhou o apelido que ajudaria a explicar a forma como atuava em campo, bem solidário à marcação. Os títulos mundiais de 58 e 62 pela Seleção marcaram a carreira do jogador que, posteriormente, adotaria a mesma postura como treinador
Consagração no México - O tricampeonato mundial, em 70, coroou Zagallo como o primeiro a ser campeão em Copas como jogador e técnico.
Decepção - Na Copa seguinte, na Alemanha, o ex-treinador amargaria sua primeira desilusão, na eliminação para a Holanda, que seria vice-campeã.
Único tetra - Zagallo se redimiu na Copa de 94, nos EUA, onde a Seleção conquistou o quarto título mundial com o Velho Loco, auxiliar de Carlos Alberto Parreira.
Vice - Na Copa de 98, como técnico, viu a França levar o título
Última glória - Pelo Fla, Zagallo conquistou seu último título na carreira, em 2001, no tri estadual pelo Rubro-Negro.
FONTE - LANCE!NET
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