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domingo, 8 de maio de 2011

PRESENTE DE BAIANO NO DIA DAS MÃES


No Dia das Mães, os filhos sempre procuram uma forma mais criativa de homenageá-las. Uns pensam em viagens, outros pensam em jóias, porém, outros vão mais além. Eles querem fazer uma homenagem eterna. Marcar na pele é a maneira mais moderna de fazer isso. E hoje em dia não é preciso ser muito radical para manter na pele uma homenagem eterna.

O designer Marlon Souza, de 23 anos, resolveu homenagear a mãe no ano de 2009. “A minha idéia era tatuar o nome de minha mãe, mas como eu tinha acabado de ser pai, resolvi fazer uma homenagem dupla. Tatuei o nome de minha mãe e de meu filho”, conta. Essa foi a primeira tatuagem do jovem, e a mãe ficou um pouco assustada. “Hoje em dia ela adora a tattoo. Mostra pra tomo mundo. Fica toda orgulhosa dizendo que o filho tem o nome dela tatuado”.


                              Marlon (Foto: Arquivo Pessoal)

A mãe dele, dona Maria Célia, de 55 anos, conta que não era muito fã de tatuagem, mas depois da homenagem, ela mudou um pouco a opinião.
“Ele disse que ia fazer a tatuagem, mas não levei muito a sério, principalmente porque eu não gostava da ideia. Quando ele me mostrou, fiquei sem palavras. Não acreditei! Hoje em dia sinto o maior orgulho da homenagem e conto para todo mundo”.

Historias como essas se repetem. O tatuador Nill, de 28 anos, conta como a história aconteceu com ele. “Fiz a tatuagem antes de pensar em ser tatuador. Minha mãe ficou louca, porque essa era a quinta tatuagem que eu tinha feito no corpo, mas era a única tatuagem grande”.
                                                                                                                                     “Fiz de surpresa, cheguei em casa e mostrei pra ela. Ela ficou um pouco assustada, mas depois abriu logo o sorrisão. Adorou! Hoje em dia ela conta para todo mundo. Quando estou na rua com ela, em alguma loja, ela se gaba logo para vendedora dizendo que eu tenho o rosto dela tatuado no braço. É sempre assim”, conta Nill, hoje em dia, tatuador profissional com mais de trinta tattoos pelo corpo.
A fonoaudióloga Kelly Tomé Rangel também queria homenagear a mãe. Sabendo que a mãe não era muito fã de tatuagens, ela fez o desenho e foi encontra-la. “Quando entrei no carro de minha mãe, fui logo mostrando. Ela não acreditou. Depois ficou muito feliz. Eu disse a ela que eu tinha pago a dor do parto. Levei três horas tatuando na canela, um dos locais mais doloridos”, conta.

“Acho que qualquer pessoa fica feliz em receber uma homenagem como essa. Me senti feliz e orgulhosa quando vi. Eu até pensei em fazer uma tatuagem em mim, mas acho que não combina com a minha idade”, explica dona Hortência Tomé da Silva, mãe de Kelly.


Disse à minha mãe: "Paguei a dor do parto", conta a  fonoaudióloga Kelly Tomé Rangel (Foto: Arquivo Pessoal)

Homenagen inversa

No estúdio de Isaac Toucinho, em Salvador, a enfermeira e professora universitária Cristiane Magali, de 44 anos estava apreensiva. “Essa é a minha primeira tatuagem. Sempre tive vontade de fazer uma, mas ainda não sabia o que eu iria tatuar. Foi então que decidi fazer a imagem da minha filha, Marina Nery, de 16 anos. Ela começou a carreira de modelo e agora está morando em Nova York. Com a distância e a saudade, resolvi colocar ela perto de mim. É também uma declaração de amor”.
Magali, que este ano vai passar o dia das mães sozinha, resolveu se dar um presente. “Não tinha nada programado e depois percebi que domingo é o dia das mães e sem querer fiz uma homenagem a mim. Este é o meu presente do dia das mães”, diz.

O tatuador Nill, diz que esse fluxo é frequente nos estúdios. “Todo dia tem alguém querendo homenagear outro alguém. Quem ganha sempre são as mães. O fluxo de pessoas que homenageiam as mães com tatuagem é muito grande”, afirma. Toucinho conta que “é muito difícil mãe tatuar uma homenagem à filha, mas acontece também".

Magali não é a primeira mãe que tatua uma homenagem ao filho. A estudante Jenielle Souza, de 24 anos resolveu fazer uma homenagem a meu filho. “Tatuei o nome dele, já que esse é um amor que fica para sempre. Levei uma hora e meia tatuando e essa é uma dor maior do que a dor do parto”, diz.

FONTE - http://g1.globo.com/bahia/noticia/2011/05/baianos-homenageiam-maes-com-presentes-flor-da-pele.html

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